Como já se previa, o Honda Civic 2023 vem para o Brasil com muitas mudanças, algumas já esperadas e desejadas, como aparência redesenhada, outras nem tanto, como preço e motorização, isso porque a 11ª geração deste sedan vem mais cara e com uma configuração apenas para o motor, pelo menos por enquanto. Vale ressaltar que o Civic não é mais produzido nas plantas nacionais da Honda, agora, ele vem importado da Tailândia.
Em junho de 2022, o CarroBonito.com apurou que o Civic 2023 viria em uma única versão no Brasil, a top de linha, a um preço superior a R$ 200 mil. De fato, isso se concretizou, mas o preço final chegou até a nos causar surpresa. Afinal, o veículo vem com preço de R$ 244.900,00, isto é quase 55 mil reais a mais que o seu concorrente topo de linha Toyota Corolla.
Todavia, não é um preço estipulado irracionalmente, a montadora mudou de estratégia e agora busca um novo setor de atuação. Em anos anteriores, a Honda tinha como estratégia competir no segmento de sedãs médios mais “acessíveis”, de onde podemos tirar o próprio Corolla como grande exemplo. Agora, mira um mercado para sedãs mais premium, no qual se localizam BMW, Audi e Mercedes por exemplo. Até por isso, toda a aparência do carro foi redesenhada, mantendo um padrão de limpeza em gerações ímpares, como é o caso desta 11ª geração.
Na parte da frente, paradoxalmente, são muitas mudanças, que resultam em poucos detalhes. Os faróis são em full LED, grade extremamente clean, mas com acabamentos suficientes para achar um equilíbrio entre sofisticação e minimalismo. Na lateral, talvez a maior dor, a parte dianteira perdeu o desenho curvo e o friso que antes acabava numa traseira um pouco mais coupé e esportiva foi alinhado, e agora temos um sedã mais clássico. A traseira segue a proposta geral, é muito limpa e bonita, lanternas em LED e halógenas, bem agressivas, porém, perderam o ar exótico que tinha nas versões anteriores. O carro está alguns centímetros maior, elegante e charmoso, lembrando modelos como o VW Jetta, mas é meio sem graça, principalmente para quem gostava do caimento da Geração 10 do Civic, cujas comparações são inevitáveis.
Internamente, o carro tem vários acabamentos premium e acompanha os itens de série da versão Touring. Painel digital, grade em colmeia, uma boa central multimídia, ótimo acabamento dos bancos em couro sintético, ar condicionado dual zone, teto solar, ótimo espaço para passageiros na parte traseira. Quanto à conectividade, traz Apple Carplay sem fio, mas Android Auto tem que ser com fio, o que talvez seja o único pecado do modelo que, de resto, traz um acabamento e detalhamento luxuoso.
Quanto à motorização, só há uma opção, o e-HEV, o híbrido a gasolina com injeção direta, aumentando a performance e o rendimento do carro, pelo menos por enquanto. O conjunto traz um 2.0 aspirado que rende 143 cv e 19 Kgfm aliado a dois propulsores elétricos, um de gerador e um tracionador sendo quase 32 Kgfm de torque 184 cv de potência. Para orquestrar esse conjunto, o carro acompanha três modos distintos de direção, no primeiro, o motor elétrico funciona solo, no segundo, funciona o elétrico sendo recarregado pelo motor a combustão, e no terceiro, o motor a combustão funciona solo. Vale ressaltar que agora a lataria do carro diminui ruídos, o que torna o som do motor a gasolina menos audível. Outro detalhe curioso é que não há mais caixa de câmbio, há uma relação simples de marcha que pode ser percebida em altas velocidades ou em cruzeiro.
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