Piores carros já lançados no Brasil. Cuidado com eles.

A indústria automobilística, vez ou outra, lança carros que, por problemas se tornam verdadeiros micos no mercado. Conheça alguns dos piores casos do mercado brasileiro.

Fabricar carros não é tarefa fácil. Todo carro é muito complexo, envolvendo milhares de peças que interagem entre si de maneiras que, às vezes, são difíceis de prever, mesmo com um projeto sólido e cuidado e muitos testes. Quando vão para as ruas, surgem problemas durante seu uso, outras vezes o mercado não aceita. E isso ocorre especialmente quando um modelo é novo e revolucionário.

No entanto, alguns projetos realmente saem muito errado e se revelam praticamente um desastre para consumidores e montadora, a ponto de criar verdadeiros micos de mercado. Conheça alguns aqui, neste post.

Fiat Marea: Este veículo tem uma reputação que o precede no mundo automotivo brasileiro, e infelizmente não de uma maneira positiva. Lançado no mercado na década de 90, o Fiat Marea era um carro que prometia muito em termos de design e inovação, mas falhava miseravelmente quando se tratava de confiabilidade mecânica. Um dos problemas mais conhecidos e temidos pelos proprietários era o rompimento da correia dentada, que muitas vezes resultava na necessidade de substituir o motor inteiro, um custo que poucos estavam dispostos ou eram capazes de arcar. Além disso, o Marea era notório por seu alto consumo de combustível e custos de manutenção que eram nada menos que exorbitantes.

Fiat Brava: Um irmão próximo do Marea, o Brava herdou uma série de problemas mecânicos de seu antecessor. A suspensão era frequentemente criticada por ser dura e desconfortável, e encontrar peças de reposição se tornava uma tarefa árdua e muitas vezes cara. O motor também deixava a desejar em termos de desempenho, especialmente quando comparado com outros veículos na mesma faixa de preço.

Seat Cordoba: Originário da fabricante espanhola Seat, o Cordoba tinha uma série de problemas que o tornavam uma escolha pouco popular entre os consumidores brasileiros. Fatores que envolviam estrutura e desempenho eram as principais reclamações. O preço elevado de suas peças e a dificuldade de encontrar assistência técnica competente também contribuíam para a má reputação do veículo. A manutenção era vista como proibitiva, e muitos consideravam o custo de propriedade do Cordoba simplesmente muito alto para o que o carro oferecia.

Volkswagen Jetta de 120cv: Apesar de seu preço estar na faixa de carros de luxo, o Jetta 2.0 não conseguia competir em termos de economia de combustível ou desempenho. O motor 2.0, apesar de robusto, oferecia uma potência de apenas 120 cavalos, ficando atrás de veículos com motores 1.6 ou até mesmo 1.0. Além disso, o consumo de combustível era decepcionante, com o carro conseguindo fazer apenas 7 km/l na cidade, uma eficiência muito abaixo do esperado para um veículo dessa categoria.

Felizmente, o Jetta atual é muito mais potente, com o GLi trazendo 231cv. Só que o preço é bem elevado no zero km.

Simca Chambord: Um carro que tinha seu charme nos anos 50 e 60, mas que não envelheceu bem. O Simca Chambord era conhecido por seu design retrô e foi um sucesso de vendas durante seu tempo. No entanto, o desempenho do motor de apenas 84 cavalos era decepcionante para os padrões modernos e o tornava uma escolha pouco atrativa para os consumidores mais exigentes.

Troller Pantanal: Este é um caso único no cenário automotivo brasileiro. O Troller Pantanal foi tão mal recebido que foi fabricado por apenas dois anos, com um número de vendas vergonhoso de apenas 77 unidades. A Ford, que era a proprietária da marca Troller na época, achou mais prudente devolver o dinheiro aos consumidores do que tentar corrigir os inúmeros problemas que o veículo apresentava.

Gurgel Itaipu: Este carro elétrico brasileiro foi uma tentativa de inovação no mercado automotivo nacional, mas falhou em muitos aspectos. O design era considerado desagradável, e o desempenho era ainda pior. A bateria levava cerca de 10 horas para ser recarregada, e a autonomia era de pouco mais de uma hora, o que o tornava impraticável para a maioria das pessoas.

Outros Modelos: Além dos mencionados, outros carros como o Citroën C4 Picasso, Hyundai Sonata, Volkswagen Gol G3 1.0 16V, Citroën AirCross, e Nissan Tiida Sedan também são frequentemente citados em listas de veículos desaconselháveis no Brasil. Estes veículos eram conhecidos por diversos problemas, como alto custo de manutenção, desempenho insatisfatório, e, em alguns casos, questões de segurança que desencorajavam muitos compradores potenciais.

Bônus: Toyota Yaris, por segurança: Em uma lista recente, o Toyota Yaris foi destacado como um dos piores veículos do país, principalmente devido à sua baixa pontuação em testes de segurança, alcançando apenas 1 estrela no Latin NCap. Apesar de ser de uma marca conhecida por sua confiabilidade, o Yaris não conseguiu impressionar no quesito segurança, obtendo uma avaliação muito baixa que preocupou muitos consumidores. Ainda assim, é o único grande problema do carro, que tem mecânica confiável.

Estes veículos representam uma variedade de problemas que podem ocorrer no mundo automotivo. Desde questões de desempenho até problemas de confiabilidade mecânica e custos de manutenção elevados, os carros mencionados acima são exemplos emblemáticos de como um veículo pode falhar em atender às expectativas dos consumidores e às demandas do mercado.

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Fiat Marea. Imagem: Wikipedia