Por que a Toyota Hilux vende o mesmo que a Fiat Toro, mesmo sendo bem mais cara?

Hilux x Toro: o duelo das picapes onde o preço não manda tanto assim

No Brasil, onde o asfalto vira saudade e a estrada de terra ganha apelido de aventura, as picapes são as donas do pedaço. E os números de março de 2025, frescos como pão na chapa, mostram um embate de tirar o chapéu: a Toyota Hilux, com 3.413 unidades emplacadas, quase grudou na Fiat Toro, que saiu com 3.629. Só 216 unidades de diferença! A Hilux, mais cara que um churrasco de fim de ano, encara a Toro, queridinha dos bolsos mais leves, numa disputa que ri da lógica. Como isso rola? Vamos destrinchar com um toque de humor e muita curiosidade.

Desde 2022, um páreo duro no retrovisor

A briga apertada não é novidade. Em 2022, a Hilux deu o ar da graça e quase empatou com a Toro: em novembro daquele ano, foram 4.816 unidades contra 3.473 — um recado claro de que a Toyota não ia deixar barato. Desde então, o placar ficou disputado, com a Hilux mordendo os calcanhares da Toro em praticamente todos os meses. Em março de 2025, com só 216 unidades de diferença, a história se repete: há três anos, essas duas vivem um duelo onde o preço parece ser só detalhe.

As rivais e seus reinos

A Hilux é o Chuck Norris das picapes médias. Num segmento abarrotado — Ford Ranger, Chevrolet S10, Mitsubishi L200, Nissan Frontier e Amarok brigam pelo mesmo osso —, ela reina como o "trator de luxo" que todo mundo respeita. No interior, onde o agronegócio manda e o diesel é perfume, ela é a escolha dos fazendeiros que querem trabalho duro e status na caçamba. Tem lenda de Hilux com 500 mil quilômetros, enfrentando lama, enchente e boi bravo, e ainda oferece versões chiques, como a SRX, pra rodar na cidade com glamour.

Já a Toro joga sozinha — ou quase. Por anos, foi a rainha das intermediárias, com a Renault Oroch como coadjuvante tímida. Só agora, com Chevrolet Montana e Ram Rampage entrando na dança, a concorrência esquentou, mas o trono dela segue firme. Mais barata (R$ 150 mil contra R$ 230 mil da Hilux), é a picape pra quem quer caçamba com jeitão de SUV. Leva a mudança pro sítio e busca as crianças na escola sem levantar suspeita.

Por que a Hilux não larga o osso?

A Toyota tem seus ases na manga. A Hilux é quase um juramento: manutenção previsível, revenda que não falha e aquela vibe de “paguei caro, mas valeu”. Num mercado onde Ranger e S10 tentam roubar sua fatia, ela se segura com pós-venda afiado e promoções espertas. Já a Toro, apesar do sucesso, não é vista nem como bruta e versátil como a Strada (sua irmã menor, campeã de vendas no Brasil), nem grande, com a capacidade de carga e o glamour da Hilux. A Toyota, com jeitão de tanque e acabamento de carrão, fisga até quem olhava a Toro com carinho.

Paixão que explica tudo

No fim, o quase empate desde 2022 prova que picape aqui é mais que transporte: é paixão. A Hilux enfrenta um pelotão de rivais médias e ainda assim fica no encalço da Toro, que reina num segmento com menos barulho — pelo menos por enquanto. Seja pra trabalhar, passear ou tirar onda, o brasileiro acha um jeito de justificar o investimento. E a Hilux, com seu cheiro de diesel e alma de durona, não deixa a Toro respirar tranquila. A briga tá boa, e o pódio, cada vez mais apertado.

Imagem: painel da Toyota Hilux. Divulgação/Toyota

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