A Great Wall Motors (GWM), fabricante chinesa que vem ampliando sua presença internacional, está se preparando para intensificar sua atuação no Brasil a partir de 2025. A marca confirmou três modelos que devem disputar espaço em segmentos competitivos do mercado automotivo nacional: o SUV Haval H4 (uma versão atualizada do Jolion presente em outros mercados e que não virá ao Brasil), o utilitário Tank 300 e a picape Poer. Cada um desses veículos será posicionado em categorias com fortes concorrentes, o que aumenta a expectativa sobre suas características técnicas e comerciais.
O Haval H4 chega ao Brasil com produção nacional na planta de Iracemápolis (SP), o que deve favorecer preços mais competitivos e alinhados ao segmento de SUVs médios. A motorização será híbrida flex, composta por um motor 1.5 turbo a gasolina combinado com dois motores elétricos, entregando 243 cavalos de potência e torque de 54 kgfm.
Com dimensões que o aproximam de modelos como o Jeep Compass e o Toyota Corolla Cross, o Haval H4 será uma opção para quem busca SUVs nessa faixa. O Compass, por exemplo, se destaca no mercado com versões a combustão e híbridas, enquanto o Corolla Cross é conhecido por seu desempenho eficiente na configuração híbrida. O diferencial do H4 está no sistema híbrido flex, que combina a eletrificação com o uso de etanol, algo ainda não presente em seus concorrentes diretos.
Em termos de design e tecnologia, o H4 oferece um visual moderno e interior equipado com assistentes de condução e central multimídia de última geração, características já esperadas no segmento.
Imagem: projeção do novo Haval H4, gerada por IA.
Já o Tank 300 será um SUV voltado ao público que busca robustez e aptidão para o off-road. Com motorização híbrida plug-in, o modelo traz um motor 2.0 turbo a gasolina acoplado a dois motores elétricos, entregando 408 cavalos de potência combinada e 76,5 kgfm de torque. Além disso, o modelo terá tração 4×4, bloqueio de diferenciais e marcha reduzida, características voltadas para desempenho em terrenos desafiadores.
No mercado brasileiro, o Tank 300 será uma alternativa para consumidores que tradicionalmente consideram veículos como o Jeep Wrangler ou o Toyota SW4 para aventuras e usos mais severos. No entanto, enquanto o Wrangler aposta em uma configuração puramente a combustão e o SW4 foca no mercado de SUVs derivados de picapes, o Tank 300 apresenta o diferencial de uma motorização eletrificada, que promete maior eficiência energética.
O design quadrado do modelo remete a utilitários tradicionais, mas com elementos contemporâneos, mirando um público que valoriza tanto a funcionalidade quanto a estética.
Imagem: GWM Tank 300. Crédito: GWM
No segmento de picapes médias, a GWM lançará a Poer, que também será produzida no Brasil. Prevista para o último trimestre de 2025, a picape terá um sistema de motorização híbrida, ainda pouco explorado entre os concorrentes locais. Atualmente, modelos como Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger dominam o segmento, com foco em motores a diesel e atributos como capacidade de carga, robustez e tecnologia.
A Poer chega como uma alternativa diferenciada, trazendo um sistema híbrido que pode atrair consumidores interessados em eficiência energética e menor impacto ambiental. A tração integral e o espaço interno generoso são esperados, além de uma lista de equipamentos que inclui conectividade e sistemas avançados de assistência ao motorista.
Imagem: GWM Poer. Crédito: GWM
Os três modelos da GWM chegam a segmentos altamente competitivos, o que representará um desafio para a fabricante. No entanto, a produção local pode ser um diferencial para posicionamento de preços e maior adequação às necessidades do consumidor brasileiro.
Além disso, a motorização híbrida flex do Haval H4 e a proposta híbrida plug-in do Tank 300 e da Poer são características que podem atrair compradores interessados em eletrificação, um mercado ainda em expansão no Brasil. Contudo, fatores como confiabilidade da rede de concessionárias e aceitação do público em relação à marca podem influenciar o sucesso desses lançamentos.
Os próximos meses serão decisivos para entender como a GWM irá posicionar seus modelos no mercado e como eles se sairão frente a uma concorrência consolidada.
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