Uma pesquisa da Standard & Poors revelou que o custo elevado dos VEs é um dos principais fatores que impedem um aumento mais rápido nas vendas. Este desafio é sentido tanto em países com renda familiar abaixo da média mundial quanto nos mercados mais maduros e ricos.
Quase metade dos 7.500 entrevistados em diversos países, incluindo EUA, União Europeia, Brasil e Índia, apontou o preço como um fator inibidor. Embora 67% dos participantes estivessem abertos à ideia de comprar um VE, houve uma queda significativa de interesse em relação a anos anteriores.
Além do preço, outros fatores contribuem para a hesitação dos consumidores em adotar os VEs. Questões como defeitos nas redes públicas de recarga e preocupações com o tempo de recarga e a disponibilidade de carregadores são barreiras adicionais. No final das contas, é o custo financeiro, e não necessariamente as limitações tecnológicas, que está no centro da resistência atual do consumidor.
Na Europa, um dos líderes na aceitação de VEs, há uma incerteza no ritmo de vendas. Apesar do aumento de 47% nas vendas entre janeiro e setembro, as expectativas para o futuro são moderadas. Grandes fabricantes como a Volkswagen e a Ford estão reavaliando seus planos de expansão na produção de baterias e VEs.
Diante desses desafios, fabricantes como VW e Renault anunciaram planos para lançar modelos elétricos mais acessíveis nos próximos anos. Estes modelos, incluindo um elétrico compacto da VW e o novo Twingo subcompacto da Renault, devem custar cerca de 20.000 euros, aproximadamente R$ 110.000 em conversão direta. Esta iniciativa pode ajudar a tornar os VEs mais acessíveis e atrativos para um público mais amplo.
A transição para veículos elétricos é um movimento global crucial, mas enfrenta desafios significativos, principalmente em termos de custo. A pesquisa da S&P destaca essa realidade, apontando a necessidade de estratégias inovadoras e preços mais acessíveis para superar as barreiras ao crescimento das vendas de VEs.
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