Adequação às normas Euro 7 de emissão de poluentes tornariam o modelo muito caro, inviável para o público europeu.
O Polo, um dos modelos queridinhos dos brasileiros e que assume o lugar do Gol como hatch de entrada no país, corre sério risco de descontinuação no continente Europeu. O Polo sempre teve um grande “fã clube” devido a união de um design extremamente moderno, com um preço acessível para a maioria dos brasileiros e europeus, porém alguns fatores o ameaçam. Ainda não sabemos se esta ameaça chegará ao Brasil, porém para os que são amantes do modelo é melhor ficar atento. Mas afinal de contas qual o motivo dessa real possibilidade de saída de linha do Polo por parte da VW?
Entenda o dilema da Volks
A ameaça ao Polo se resume à política de emissões Euro 7. Todas as montadoras da Europa estão em um dilema entre custo x benéfico de manter seus modelos. Ficaria incrivelmente caro ter carros pequenos, como o Polo, tendo que atender as regras extremamente justas da Euro 7. Algumas alternativas estavam sendo estudadas, como uma mudança gradativa dos carros a combustão para veículos elétricos, mas como as exigências muito rígidas da Euro 7 isso não será possível. Para adequar seus atuais motores as novas regras, o carro ficaria em torno de 5 mil euros mais caro (mais de R$ 25 mil), o que faz com que seja inviável o processo. A ordem é tentar eletrificar as frotas o mais rápido possível.
Entenda o Euro 7
O Euro 7 é um protocolo que define a emissão de gases em todo continente europeu. Esse protocolo já existia, está atualmente na versão 6, e segue ficando gradativamente mais exigente. A Euro 7 veio com regras mais rígidas e algumas pegaram as grandes montadoras de surpresa.
O objetivo é muito claro, tentar reduzir drasticamente a emissão de carbono na atmosfera. E obviamente, pressionar as montadoras para acelerar o processo de eletrificação de suas frotas. A possibilidade do fim dos carros de pequeno porte é possível, pois com as novas normas impostas o custo-benefício para a montagem desses carros será bem inviável.
Texto: Cíntia Silva
