Abrindo espaço para as mulheres integrarem o grande prêmio, a Fórmula 1 anunciou uma nova categoria de competição.
As palavras de cobrança do piloto Hamilton, feitas ao término da W Series 2022, questionando e criticando a Fórmula 1 por não incentivar a inserção de mulheres na competição surtiram efeito. Após acompanhar a competição feminina, ele expressou sua insatisfação sobre a falta de vagas para mulheres fora da W Series, que é voltada justamente para o público feminino.
Assim, em consequência das falas do famoso piloto, nesta sexta- feira foi divulgado o lançamento da chamada Fórmula 1 Academy, comandada por Bruno Michel, chefe da F2, que vai agir formando e desenvolvendo pilotas para atuarem das categorias da Fórmula 1, 2 e 3, se juntando a famosa W Serie.
Agora vamos conferir como funcionará essa nova categoria.
O grid – que é a linha em que os carros ficam antes de ser dada a largada da corrida – terá a presença de cinco equipes, sendo cada uma delas formada por até três pilotas, contabilizando quinze carros no montante final.
Isso será um grande marco para o impulsionamento de mulheres na fórmula 1, sendo, ainda, considerada um ambiente com a presença majoritária de homens. Desde a sua formação, em 1950, pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), é um esporte em que a participação de mulheres era muito desestimulada, tendo a primeira participação feminina apenas em 1958, pela italiana Maria Teresa Fillipi, que foi a primeira a participar do grande prêmio, estando quase duas décadas adiantada da evolução do seu tempo.
Assim, após ela, 15 anos depois, veio Lella Lombardi, sendo a primeira a marcar, de fato, ponto na Fórmula 1. Dessa maneira, as mulheres continuam lutando pelo seu lugar no esporte automobilístico, enfrentando, ainda, dificuldades na formação de novas categorias e patrocínio.
Já em relação ao calendário de corridas, ele ainda não foi finalizado, mas conta com sete finais de semanas, com 3 corridas em cada um. O carro escolhido foi o Tatuus T421, sendo ele o mais novo carro da Fórmula 4. Nesse sentido, o financiamento será uma das singularidades dessa modalidade, pois a categoria vai investir 150 mil euros para cada carro que irá competir e a parte final deverá ser financiada pela própria piloto e pelas equipes.
O principal intuito disso é trazer maior visibilidade e buscar novas mulheres para disputarem o pódio da Fórmula 1, por isso é necessário o financiamento da própria categoria, para assim, abrir espaço para o feminino ingressar de vez no esporte automobilístico.