O curitibano passa em média 104 horas peso no trânsito, o equivalente a 4,3 dias.
Um dos maiores problemas enfrentados por quem mora em grandes centros urbanos são os temidos congestionamentos e que afetam diretamente a locomoção de milhares de pessoas em todo mundo. No Brasil não poderia ser diferente e em especial a cidade de Curitiba que, assim como a capital paulista, também faz parte do ranking das cidades brasileiras mais congestionadas, ocupando a quarta posição na listagem nacional.
A capital paranaense aparece na quarta colocação dentre as capitais brasileiras segundo alguns critérios estabelecidos pelo Global Traffic Scorecard. O estudo foi feito pela Consultoria INRIX. Os dados mais recentes foram levantados no mês de março de 2019 e em comparação com o ano de 2018, levaram em consideração a velocidade média de deslocamento no ponto de maior congestionamento, o centro da cidade.
De acordo com a avaliação realizada, o curitibano passou cerca de 104 horas presos nos congestionamentos, o que equivale a cerca de 4,3 dias. Ainda segundo o estudo, no ponto de maior congestionamento, a velocidade média chegou a apenas 19 quilômetros por hora, cerca de 12 milhas por hora.
O comparativo entre as cidades brasileiras mostrou que São Paulo é a capital brasileira com o maior engarrafamento do Brasil. Segundo este mesmo estudo, o paulistano gasta cerca de 154 horas preso nos congestionamentos, o que equivale a 6,4 dias, com uma velocidade média de deslocamento de 16 Km/h (10 milhas/h).
No ranking mundial, Curitiba é citada como uma das 200 cidades no mundo que mais sofrem com os problemas de congestionamento. Ela ocupa o 43°lugar. Nesta mesma lista temos a capital paulista em quinto lugar. Ela é antecedida somente pela cidade de Moscou, a campeã mundial em primeiro lugar, Istambul em segundo, Bogotá na terceira colocação e o México em quarto.
Na listagem brasileira, o Rio de Janeiro aparece na sétima posição, logo atrás de Curitiba, seguido de Belo Horizonte, na décima oitava, Brasília ( 44° lugar), Porto Alegre (48°) e Campo Grande (66°).
Para a realização do estudo na capital curitibana foram levados em consideração dados de algumas fontes como vias de acesso, números fornecidos pelo sistema de transporte público da cidade, números de carros que utilizam os estacionamentos da cidade, postos de combustíveis e os locais de maior frequência e de visitação dentro da capital. Alguns dados foram coletados em determinados períodos do ano, onde a cidade recebe um maior fluxo de visitantes e turistas e a utilização das vias de deslocamento é bem maior.
O interessante é que, ao contrário de algumas capitais como São Paulo, em Curitiba não é feito um monitoramento do tráfego urbano. O levantamento dos fluxos de veículos foi feito por meio da contagem captada pelos sistemas de radares que ficam localizados em alguns pontos da cidade.
Por Daniel Feitosa