Qual carro híbrido vale a pena comprar? Leve, full (convencional) ou plugin?

Quer comprar um carro híbrido e está indeciso quanto ao modelo ideal? Confira as diferenças para uma melhor compra.

Se antes pareciam parte de um futuro distante, atualmente podemos dizer que a eletrificação dos automóveis já é realidade, inclusive no Brasil. Cada vez mais, diferentes montadoras têm anunciado o lançamento de modelos elétricos e híbridos por aqui, apesar das dificuldades ainda presentes no país, entre elas os valores bastante elevados dos veículos desse tipo, e a falta de infraestrutura.

Considerando esses problemas, podemos afirmar que entre os modelos eletrificados, os mais viáveis para rodar em solo brasileiro são os híbridos, veículos que são alimentados tanto por motores a combustão quanto por motores elétricos. O mercado brasileiro conta, atualmente, com uma variedade interessante de carros híbridos, sejam eles full, plug-in ou leve. Mas qual escolher? Para responder, vamos então conhecer um pouco mais sobre os modelos híbridos e considerar três quesitos para a comparação: autonomia, carregamento e valores para aquisição.

Híbridos full ou convencionais

Os chamados modelos full hybrids ou híbridos convencionais contam com um sistema de dupla propulsão combinando um motor elétrico e um a combustão. A energia das desacelerações do carro é usada para carregar uma bateria pequena que recebe a energia para, em seguida, repassá-la novamente ao motor elétrico. Este, por sua vez, é capaz de mover, sozinho, o veículo por curtas distâncias, ou atuar juntamente com o motor a combustão, diminuindo substancialmente o gasto de combustível. No quesito carregamento, os modelos full são ótimas opções, embora percam um pouco na questão de autonomia, especialmente porque bateria responsável por receber a energia gerada é menor que a de outros modelos híbridos plugin, dependendo do motor a combustão para gerar energia para o sistema. O porém é que estes modelos não têm entrada para tomada e ainda dependem do abastecimento em postos de gasolina, tornando o motor a combustão absolutamente necessário no conjunto, mesmo que sirva, na maior parte do tempo, somente para recarregar a bateria.

Entre os modelos desse tipo disponíveis no mercado brasileiro estão o Corolla Cross Hybrid e o Toyota Corolla Altis Hybrid. Este último é considerado o híbrido mais barato do Brasil, podendo ser comprado por valores em torno de 180 mil reais.

Imagem: Toyota

Híbridos Plug-in

Os híbridos plug-in diferem dos full apenas porque podem ser carregados externamente em eletropostos e tomadas adaptadas. As baterias desses modelos costumam ser maiores e possuírem maior capacidade. A título de exemplo, peguemos o Volvo XC40 Plug-in Hybrid, cuja bateria, de 10,7 kw/h, permite ao veículo rodar cerca de 40 km com apenas uma carga. Por isso, se a sua prioridade for autonomia, os híbridos plug-in largam na frente. Contudo, no quesito carregamento, não é muito fácil contar com as opções de carregamento dos plug-in por aqui, o que acaba sendo uma desvantagem dos modelos desse tipo.

Os modelos plug-in são consideravelmente mais caros que os full, e o Volvo citado, por exemplo, custa mais de 250 mil reais, assim como o Tiggo 8 Pro Plug-in Hybrid. Outras opções, como Jeep Compass 4XE passam de R$ 300 mil. Em compensação, dá praticamente para rodar só carregando o carro na tomada, deixando o motor a combustão como um gerador para ser usado em viagens.

Imagem: Jeep

Híbridos leves (Mild Hybrid)

Por fim, temos os híbridos leves, que contam com um pequeno motor elétrico responsável por funcionar como um auxiliar do motor a combustão para fornecer maior potência, normalmente acoplado à caixa de marchas e, com isso, ajudar na economia de combustível. Portanto, o quesito autonomia dos híbridos leves é inferior quando comparada aos plug-in, pois esse tipo de carro roda a partir da energia gerada pelo motor a combustão, como um carro convencional, com o elétrico dando só uma pequena ajuda em torque e potência. Porém, a questão carregamento dá vantagem ao híbrido leve, que pode rodar sem precisar do motor elétrico e dificilmente ficará sem bateria. Exemplos de modelo híbrido leve são a Range Rover Evoque MHEV e Kia Stonic. O primeiro custa a partir de 300 mil reais, tornando o modelo bastante caro por aqui, mas o segundo custa cerca de R$ 150 mil.

Imagem: Hyundai

Conclusão

No comparativo entre os híbridos full, plug-in e leve, os segundos são boas opções no quesito autonomia, contudo, são mais difíceis de carregar e têm um valor mais alto sobretudo quando comparados aos modelos full. Se tivéssemos de dar um veredito, diríamos que as versões plug-in são as menos convidativas, enquanto a versões full, especialmente com relação aos valores, podem se tornar boas opções, embora não dispensem as idas ao posto de gasolina. Mas o cenário, sabemos, pode mudar, pois cada vez mais as montadoras têm buscado oferecer distintas opções aos motoristas, bem como é esperado um aumento dos postos de carregamento no Brasil à medida em que o tempo passa.

E você, se tivesse que escolher hoje um modelo híbrido, por qual optaria?

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