Será que a Chevrolet vai lançar, eventualmente, um Onix elétrico? Quanto custaria?

Com a legislação para reduzir drasticamente a emissão de gases poluentes por veículos, e até por sua boa dirigibilidade e baixa necessidade de manutenção, carros elétricos estão em voga. O movimento de grandes empresas procurando adequar seus produtos a uma nova realidade, em que se prioriza emissão zero parece ser um caminho sem volta.

Nesse aspecto, os carros como os conhecemos, com utilização de combustíveis fósseis, estão com os dias contados. Todas as montadoras estão cada vez mais pesquisando soluções inteligentes e possíveis para minimizar os impactos do uso desses veículos, além de baratear o custo das baterias, provavelmente o maior empecilho para a popularização desse tipo de carro.

Nesta linha algumas empresas estão procurando transformar seus modelos mais populares em também carros ecológicos. Na Europa, praticamente todos os carros, desde Opel Corsa e Peugeot 208, já têm uma versão 100% elétrica. Outros modelos oferecem, pelo menos, uma versão híbrida.

No Brasil, o movimento ainda é incipiente. Por aqui, mesmo híbridos leves como o Kia Stonic têm preço proibitivamente alto para a maioria dos consumidores e ainda dominam os veículos a combustão.

Chevrolet começa planejar mudanças no Onix

A montadora Chevrolet divulgou a algum tempo que já organizou um plano de ação para que sua frota seja totalmente “limpa” até 2035, o que não é um simples objetivo de mercado, mas uma exigência legal. Isso não significa o fim imediato dos carros a combustão, portanto, mas uma mudança gradual.

Geralmente as companhias analisam a situação financeira de seus potenciais clientes antes de planejar uma versão elétrica de cada carro a ser lançado, se tratando de modelos elétricos mais ainda, porque esses ainda têm um valor muito alto em relação a carros com combustíveis tradicionais.

É uma mudança audaciosa, sem dúvida, e que, mesmo com boas intenções, pode arranhar a imagem da marca se o carro não se adequar à legislação ou se ficar caro demais. Pensando nisso, a companhia sabe que seu modelo mais popular, o Onix (um sucesso de vendas) também participará desse processo, eventualmente. Soluções para esta transformação, sem impacto no valor do veículo, já vêm sendo analisadas por todas as montadoras. É importante ressaltar que a empresa já tem um veículo elétrico comercializado no Brasil, o Bolt. Para se ter ideia da diferença de valores, este modelo custa mais de R$ 260.000, enquanto as versões mais caras do Onix custam pouco mais de R$ 100 mil.

A mudança é irreversível e a GM já até lançou um novo logotipo para marcar esse processo de eletrificação, que estará presente

Uma das soluções que podem tornar esse processo viável, não só para a GM para todas as empresas que querem migrar para esse mundo de energia limpa é o hidrogênio verde. A própria Chevrolet informou o uso do hidrogênio em veículos leves. Mas o que é o hidrogênio? É um combustível que não passa por queima, mas por indução de corrente elétrica pela molécula da água, separando hidrogênio e oxigênio, o que é chamado de eletrólise. Esse processo já está sendo realizado por companhias de energia elétrica e agora, através de baterias, poderá ser utilizado em veículos.

Exemplos de hidrogênio verde podem ser vistos no Toyota Mirai e no recém-anunciado Peugeot e-Expert, ainda não disponíveis no Brasil.

É aguardar para verificar se a Chevrolet e outras montadoras irão ter sucesso na mudança das suas frotas, para o bem do meio ambiente e do bolso de seus consumidores.

Baseado no texto de Cíntia Silva