O carro mais icônico da Volkswagen e um dos modelos mais vendidos da história, estreou no Brasil com um motor 1200, que hoje ninguém quer. Entenda.
Com certeza o Fusca 1200 da Volkswagen é um dos carros que mais têm história, apelidos e carisma entre todos os outros. Quem é fã do modelo, normalmente possui um afeto muito maior e cuidado, do que com outros modelos de veículos.
Durante a sua história, o Fusca e tornou um recordista de vendas no mercado, e tipo características peculiares. Não era um carro espaçoso, não tinha qualquer item de segurança ou tecnologia, e também tinha um motor que ninguém gostava. Mas com o passar dos anos, foi se tornando um verdadeiro caso de amor entre seus consumidores.
Desde então, o Fusca 1200 acabou tendo 4 novos relançamentos. Sendo dois baseados na versão original e duas releituras mais modernizadas. Algo que nenhum outro modelo de carro conseguiu.
Poucas mudanças ao longo de sua trajetória
No ano de 1959, a marca começou a produzir seu primeiro modelo Sedan, que também conquistou seu público se tornando um dos queridinhos da VW. Naquela época, não era a grande maioria das pessoas que possuía carro, mas o modelo já contava com quase 8.500 veículos produzidos.
Com o sucesso que começou na década de 50, o processo foi migrando de um país para o outro, até chegar ao Brasil, em 1953. Em 1962 já havia se tornado líder de mercado, e com isso a Volks estabeleceu o ditado de não alterar time que está ganhando. Mas sempre inovou, trazendo uma novidade aqui ou ali.
Mudanças ao longo do tempo
Em 1964, o primeiro teste começou a ser feito com o Fusca 1200, e mesmo com a carroceria tendo sofrido algumas alterações, a parte mecânica se manteve praticamente a mesma. Com um motor de 1.192 cm3, com alcance de 36cv, aguentava mais, mas não era um carro nada veloz.
Com isso, alguns aspectos externos do desenho original precisaram ser ampliados, as janelas traseiras e as lanternas traseiras, passaram a ser alteradas de forma bem singela, além de outros detalhes menos relevantes.
Para quem viajava, o modelo se mostrava confortável na parte da frente, mas atrás não era tão agradável devido ao pouco espaço para as pernas. O Fusca 1200 não tinha ar condicionado e a única ventilação era que entrava pelos quebra ventos na frente.
De forma geral, esse sempre foi um carro que entregava poucas condições aos seus motoristas e ainda assim conseguiu conquistar uma enorme legião de fãs. Se tornando até os dias de hoje, um carro adorado por muitos e por quem já teve um desses.
Por que o motor 1200 é tão mal visto no mercado?
Em geral, quem compra Fusca antigo, da década de 1960, acaba se sentindo tentado a trocar o motor 1200. A menos que o carro seja original, a troca é bastante comum.
O motivo disso ocorrer é que o motor 1200 não é só pouco potente. Com 36cv, leva muito tempo, quase um minuto, para o carro desenvolver mais que 100km/h, tornando-o inadequado para uso rodoviário.
Além disso, o motor 1200 não é econômico. De concepção muito antiga, dificilmente alguém consegue fazer mais que 10km/l de gasolina na estrada, algo que carros de hoje conseguem na cidade. O 1300, além de mais potente, com 46cv, é também mais econômico, chegando aos 12km/l na estrada.
No entanto, muita gente prefere pular logo para o motor 1600, de 65cv e com números de consumo similares. É um motor mais caro, mas compensa para quem quer um Fusca que dê para usar no dia a dia, pegando estrada.
Claro que estamos tratando aqui, de motores já com certa idade, longe de estar novos. Tais motores, usados, podem apresentar potência e consumo bastante diferentes dos números expostos aqui.