US$ 4,4 bilhões: esse é valor que a Honda e LG investirão para construir, nos EUA, uma nova fábrica de baterias para veículos elétricos
Não há como negar: carros elétricos são o futuro, tanto em termos ambientais quanto econômicos. Tendo isso em mente, as grandes montadoras têm investido cada vez mais em eletrificar suas linhas. A Honda, por exemplo, planeja o fim dos veículos tradicionais, isto é, que rodam com combustíveis fósseis, até 2040.
Diante de tais metas, a montadora japonesa anunciou, recentemente, a parceira com a empresa sul-coreana LG Energy Solution Ltd para a construção da primeira fábrica da Honda voltada à produção de baterias para veículos elétricos no mundo.
Segundo informações, Honda e LG formarão um empreendimento conjunto, no qual a montadora japonesa investirá cerca de 1,7 bilhão de dólares, e terá 49% de participação, enquanto a LG contará com 51% de participação. Embora ainda não tenha um local definido para a instalação da fábrica, Ohio aparece com boas chances de receber a novidade, uma vez que já é a sede da maior fábrica da Honda em solo norte-americano. A fábrica em parceria com a LG deve começar a ser construída no primeiro semestre do ano que vem, e a produção de baterias deve iniciar em 2025.
Nos últimos meses, vários foram os anúncios de parcerias entre montadoras de veículos e fabricantes de baterias. Além de Honda e LG, segundo o Wall Street Journal, a Panasonic, empresa que já fornece baterias para os veículos elétricos da Tesla, estaria negociando um investimento de cerca de 4 bilhões de dólares na criação de uma fábrica de baterias para veículos elétricos nos Estados Unidos.
Os anúncios estão ocorrendo em meio ao estabelecimento de normas ambientais mais rígidas nos EUA. No mês de agosto, foi aprovada na Califórnia a lei que estabelece o fim das vendas de veículos a gasolina a partir do ano 2035.
Além do endurecimento das leis ambientais, o governo estadunidense também sancionou em agosto a Lei de Redução da Inflação, a qual prevê que os veículos elétricos sejam montados nos EUA e, para isso, o governo têm acenado para a hipótese de distribuir subsídios a fim de incentivar a produção de elementos tecnológicos no país, entre eles baterias. O aceno chega também junto com pressões norte-americanas para que as montadoras excluam suprimentos chineses da cadeia de produção de carros elétricos, entre eles minerais indispensáveis para a produção de baterias como o lítio.
A Honda tem planos ambiciosos para o futuro: além de acabar com a produção de carros a gasolina, a montadora japonesa deve investir cerca de US$ 36 bilhões em veículos elétricos nos próximos anos, lançando no mercado em torno de 30 modelos novos. Toshihiro Mibe, CEO da montadora, explica que a meta da empresa é alcançar a neutralidade de carbono até 2050, e a parceria com a LG é uma ação estratégica para alcançar esse objetivo.