Dois carros icônicos e entre os mais populares Chevrolet da década de 1980, tinham um problema bastante sério: queda de roda. E a C10 costumava ter travamento de rodas traseiras.
Uma das picapes que mais deixou saudade no mercado e pertence a Chevrolet foi a D20. O sucesso se deu principalmente durante os anos 80, junto de outros modelos como a C10 e o Opala que também foram carros que marcaram a época.
Mesmo com todo o sucesso, esses modelos também se tornaram polêmicos devido há alguns problemas que começaram a apresentar depois do lançamento. Cada um com um detalhe diferente, mas que marcaram de forma negativa a sua geração. Embora isso seja uma realidade, nenhum dos carros deixou de fazer sucesso por nada disso. Para entender melhor o que aconteceu com esses carros antigos, continue lendo.
Chevrolet D20
D-20 e F-1000 foram picapes muito populares na década de 1980 e dominavam o segmento de “picapes grandes” numa época em que não havia mais opções num mercado brasileiro dominado pela hiperinflação.
Fortes e robustas, eram o sonho de consumo de quem precisava pegar uma estrada de terra e precisava de um carro com estrutura mais similar a um caminhão, mesmo que não fossem 4×4 (na verdade, a D-20 chegou a ter uma versão 4×4 no final da década de 1980, mas durou poucos meses).
Ocorre que a D-20 tinha um problema incômodo, de certa forma comum a todo Chevrolet da época, mas particularmente incômodo na D-20: a queda da roda.
As rodas da D-20 eram seguradas por dois pivôs, sendo que um deles dava a sustentação, de fato, e o outro mantinha a roda alinhada. Ocorre que esse pivô de sustentação tendia a rachar, com o tempo, e o outro pivô não tinha força suficiente para segurar a roda e também se partia. Já houve casos em que isso ocorreu, até mesmo, com a caminhonete parada.
Imagem: reprodução/Youtube (vídeo acima)
Chevrolet Opala
Com quase 1 milhão de unidades fabricadas, o Opala se tornou um queridinho do mercado, e mesmo com alguns defeitos, é o favorito de muitos brasileiros até os dias de hoje. Sendo produzido dos anos de 1968 até 1992, o Opala não passou por muitas modificações ao longo dos anos e o estilo europeu se manteve no mercado, desbancando os concorrentes.
Dentre os principais problemas do carro, estavam o alto consumo de combustível. Como o motor era muito antigo, o carro tinha a característica de beber absurdamente qualquer um dos dois combustíveis, o que ocorria tanto com as versões 2.5 de 4 cilindros, quanto com as 4.1 de 6 cilindros.
Além disso, um detalhe que ficou muito marcado no veículo, foi a roda traseira que se soltava. Por um motivo diferente do da D-20 e muito menos comum que na caminhonete.
Dois fornecedores eram os responsáveis por esse detalhe nos carros, o Braseixos que possuía um tipo de fixação por junta elástica que quando rompida, caía semieixo com roda, tudo junto. E a Dana que produzia uma flange que impedia que resolveu o problema e impedia que isso acontecesse.
Outro motivo que podia levar à queda de roda do Opala (e também incomum) era problema com os pivôs de suspensão. Os proprietários podem, contudo, perceber que algo não está bem no conjunto pelo barulho característico. Como explicado no vídeo abaixo:
Bônus: Chevrolet C10 – travamento de rodas
Queda de roda não foi o único problema entre os Chevrolet antigos.
Muito espaçosa e bastante robusta, a C10 se tornou um dos carros mais confortáveis da época, e era a picape favorita dos fazendeiros e agricultores. Lançada em 1974, se diferenciava por oferecer duas opções, com e sem caçamba e cabine dupla.
Apesar de ter um alto consumo de gasolina devido a sua força e potência, a picape também apresentava um problema crônica que estava relacionada com o travamento das rodas traseiras quando a caçamba estava vazia. Com a crise do petróleo daquela época também passaram a perder espaço para as picapes que eram a diesel e assim, foi-se o legado da C10.