A suspensão é mais antiga que o próprio carro e tem sido a responsável por trazer conforto e segurança aos motoristas.
Desde a época em que a humanidade ainda utilizava carruagens para se deslocar para os lugares, já havia uma necessidade de diminuir os efeitos negativos dos impactos para os veículos rústicos daquela época
E foi a partir de uma necessidade antiga, mas não menos obsoleta, que surgiram os primeiros sistemas de suspensão para os meios de transporte. Esses sistemas deveriam promover segurança, diminuir as perdas e ao mesmo tempo, trazer mais conforto para condutores e passageiros.
Continue a leitura e descubra mais detalhes.
Como funciona a suspensão de um carro
A função primordial da suspensão de qualquer veículo, independente do seu modelo, é suportar o seu próprio peso enquanto se desloca por qualquer tipo de terreno. E isso é possível devido ao trabalho sincronizado entre as molas e os amortecedores da suspensão.
São eles que controlam qualquer impacto que o veículo sofre quando passa por algum terreno acidentado, ou quando faz curvas ou outras manobras mais bruscas. Esses tipos de movimentos mais bruscos, poderiam trazer resultados ruins para a estrutura de qualquer veículo, além de levar a capotamentos mais facilmente.
Daí, a preservação do carro e seus componentes e dos seus passageiros são as principais garantias que molas e amortecedores promovem.
O próximo capítulo apresenta os cinco principais tipos de suspensão usados em diferentes tipos de carros.
Os 5 tipos de suspensão mais comuns
Os primeiros modelos de suspensão como conhecemos, eram ligados pelos eixos e o seu amortecimento acontecia por meio de barras de torção. Mas existem outros modelos que foram desenvolvidos para diferentes realidades e configurações de carros.
1. Barra de torção:
Também chamado de “eixo rígido”, conforto e estabilidade não são a sua principal qualidade. Esse tipo de suspensão é feito de material flexível que absorve as irregularidades do terreno sem precisar de molas e amortecedores. A resistência é uma das suas principais características. Também são de baixa manutenção.
Entretanto, são mais vulneráveis a cargas e pesos em geral, sem contar o fato de trazerem mais instabilidade e desconforto. O melhor exemplo disso é o do Fusca, que utiliza suspensão de barra de torção e, mesmo sendo um clássico, não deixava de ser bem desconfortável para o motorista e seus passageiros.
2. McPherson ou Telescópica:
É um tipo de suspensão mais simples e amplamente utilizado em diversos veículos, sobretudo os compactos do tipo hatch. Foi criado em 1940, pelo engenheiro Earl Steele MacPherson, e o seu funcionamento usa molas dos amortecedores nas quatro rodas. As molas são fixadas por um mancal na parte superior e por uma barra transversal na parte inferior.
O McPherson ocupa menos usado e também usa menos peças, deixando o veículo mais leve, confortável e com estabilidade, sem contar o custo de manutenção ser mais baixo. Não é por acaso o fato dele ser o modelo mais comum usado nos carros populares, como o Hyundai HB20, entre outros. O lado ruim é não se adequar bem a cargas maiores.
3. Duplo “A”
Esse tipo de suspensão é mais utilizado em carros esportivos e de competição, como Lamborghini, por exemplo.
É uma suspensão do tipo independente nas quatro rodas, fazendo com que o carro tenha mais estabilidade e conforto. Outro aspecto é o seu tamanho menor, permitindo que molas e amortecedores sejam montados na vertical e horizontal. Essa configuração facilita distender ou comprimir conforme a necessidade.
Todos esses detalhes e o seu peso reduzido, são essenciais para modelos usados principalmente em competição. Porém, a maior dificuldade do Duplo “A” é encontrar peças e componentes para fazer manutenções, o que acaba encarecendo esse tipo de serviço.
4. Multilink
É o sistema de suspensão mais moderno atualmente, uma evolução do Duplo “A”, mas mantendo as suas qualidades e corrigindo os seus defeitos mais nítidos. O resultado disso é uma maior estabilidade para o veículo e conforto para o usuário.
Um fato interessante do Multilink é que ele não segue um padrão em seu design, ficando à disposição de cada fabricante criar o seu modelo.
Ele é usado com mais frequência na suspensão traseira de veículos com tração dianteira de alto desempenho. Essa configuração permite manter um desempenho superior e maior estabilidade, mesmo em altas velocidades, com o mesmo conforto.
Em contrapartida, todas essas vantagens custam caro. A suspensão do tipo Multilink costuma ter produção e manutenção com preços elevados.
5. Feixe de Molas
É a suspensão mais usada em veículos de carga, justamente por ter a capacidade de suportar grandes pesos, evitando prejuízos do tipo distensão de conjunto, a conhecida “traseira arriada”.
O Feixe de Molas é o resultado de um aperfeiçoamento da suspensão do tipo “Barra de Torção”, sendo formado pela adição de lâminas sobrepostas que se deslocam uma sobre a outra, voltando a sua posição original logo após quando o peso da carga sobre o veículo.
A vantagem desse tipo de suspensão é que não necessita usar molas helicoidais e amortecedores, absorvendo toda a energia da carga e de impactos, usando somente a elasticidade dos seus materiais em suas várias camadas de feixes de molas.
Ainda existem outros tipos de suspensão, como as de suspensão a ar, suspensão de rosca e suspensão hidropneumática. Assim, vale destacar a importância desse componente que, apesar de praticamente atuar nos “bastidores” do funcionamento de qualquer carro, merece ser reconhecido pela sua importância para a segurança de veículos e os seus usuários.