Os motores atuais de três cilindros turbo duram menos que os antigos, segundo o canal Opinião Sincera.
Um motor três cilindros turbo tem boa qualidade?
Esta questão é muito importante, pois os três cilindros aspirados entregam um bom rendimento, são eficientes e confortáveis. Quando estão sobrealimentados com turbo são capazes de render potência equivalente aos motores de maior cilindrada, além de agregar o benefício de gerar economia de combustível.
Mas, com a modernização da indústria, o advento da sustentabilidade e da Proconve L n.º 7, que versa sobre as normas de emissões, muitos motores saíram de linha. As empresas automotivas foram obrigadas abandonar as propulsões muito antigas, sabendo que não valeria a pena atualizar as mesmas, de modo a fazer enquadrá-las no padrão atual.
Esta situação gerou, então, a suspensão definitiva da produção de muitos modelos, para iniciar uma nova era de produção de motores modernos. Motores antigos, com um comando de válvula simples, aspirados, oito válvulas, quatro cilindros, desprovidos de variação de comando, sem muita tecnologia, mais simples e com menos partes para dar problema, acabaram aposentados.
Os exemplos de substituição de motores são vários
O clássico motor E.torQ engine, da Fiat, acabou sendo substituído por um motor GSE Turbo 1.3, com injeção direta, sistema de válvulas de admissão, sem comando de admissão, variação no comando de admissão, função water cooler (resfriamento por água), entre outros itens.
Motores da Volkswagen de 1.0 vêm com três válvulas termostáticas, duas bombas de água separadas (que servem para esquentar o motor mais rapidamente), garantindo maior potência, menor consumo e menor emissão de substâncias poluentes, constituindo uma das grandes evoluções da indústria automotiva.
São motores menores, menos poluentes, com turbo e mais tecnologia, de modo a atender as normas de emissões que se tornam cada vez mais rígidas, incluindo nesse rol as motorizações híbridas e as puramente elétricas que, em teoria, não emitem tanta poluição. Mas a que custo?
Nesse ponto, surge uma grande dúvida entre os consumidores brasileiros
Esses motores modernos, carregados de tecnologia, menos poluentes, menores, duram bastante? Quanto tempo levam para dar problemas? Será possível rodar entre 400 e 500 mil quilômetros como as propulsões antigas?
A resposta é: não. Infelizmente as produções hoje são mais descartáveis, e esses motores novos não são capazes de atingir essas quilometragens que os “antigos” ou “defasados motores” ainda são capazes de conquistar.
Outro ponto importante: e a retífica dos novos motores de três cilindros? Ela é possível?
Pois é. Normalmente, também não. São motores, como dissemos, descartáveis, sem espaço para retífica na maioria das vezes.
Sem manutenção adequada, o problema piora
É fato que o dono de carro comum não segue todas as normas de manutenção de motor corretamente, ou estão sempre atentos à troca de óleo, entre outros. À medida que um carro passa para o segundo proprietário ou mesmo o terceiro, a manutenção das propulsões antigas se faz necessária, mas sem maiores prejuízos, pois, em geral, toda a reforma se dava somente na parte mecânica, apenas substituição de peças de metal, muitas vezes simples e baratas.
Nos motores atuais, entretanto, os componentes são diversos, como o turbo, a injeção direta, a bomba, os bicos de injeção direta e indireta, entre outras funções cujas estruturas são totalmente diferentes das motorizações antigas. O water cooler pode causar infiltrações no motor; as variações por sistema elétrico ou hidráulico; as válvulas termostáticas também desgastam e geram problemas; bomba de água que começa a dar problema de vazamento em pouco tempo de uso, ou seja, todos esses itens que compõem o motor moderno se estragam antes de o motor envelhecer, ou desgastar.
Custo das peças também é maior
Além disso, os componentes desses propulsores são bem mais caros, ou seja, são peças de difícil substituição e mais complexas, e são estruturas de funções que precisam estar nessa motorização para que ela renda boa potência, menor consumo, maior conforto, mas, a que consequência?
A consequência é menor durabilidade, maior custo de manutenção, maior descarte, menor potência. Os motores, hoje, já não são apenas mecânicos.
Portanto, se você pensa em trocar de carro, pegando um modelo com o qual pretende ficar por anos, realize a manutenção adequadamente. Se pensa em comprar um modelo seminovo, repare se a manutenção foi feita adequadamente e considere a possibilidade de já pegar um veículo mais próximo do fim de sua vida útil e de gastar mais com manutenção.
Veja o vídeo do canal, abaixo:
