Modelo mais completo da pickup chega com as melhores novidades.
A Toyota Hilux é produzida desde março de 1968 e ainda tem muito chão pela frente. Atualmente ela está na sua oitava geração e já vai estrear sua segunda reestilização dentro da mesma geração. O lançamento do modelo reestilizado (2021) ocorreu em novembro de 2020, quase ao mesmo tempo que o lançamento na Argentina, país que abriga a fábrica da pickup (a produção fica na cidade de Zárate, na província argentina de Buenos Aires). O lançamento brasileiro, infelizmente, não teve experimento presencial do carro por parte da imprensa.
Quem já viu a pickup na concessionária percebeu que ela não decepciona, pois não foi feito um facelift exagerado e a pickup está com a mesma personalidade, de oitava geração.
Mudanças leve na aparência externa
Algumas alterações leves que temos no modelo de 2021 são: faróis mais modernos (que vêm totalmente em LED na versão mais completa), uma grade com maior robustez e novas lentes nas lanternas traseiras (também com a tecnologia LED), que dão o ar da década de 2020.
Quem gosta de rodas vai se decepcionar com a falta de mudança delas nessa reestilização. Estão quase idênticas ao modelo anterior. Há quem diga que um modelo puxado para o esportivo cairia bem.
Espaço interno
Por dentro a pickup não mudou quase nada. Temos uma central multimídia com tela de 8 polegadas (20 centímetros) de diagonal da marca JBL. A pickup passa a contar com conexão a smartphones através do Android Auto e do Apple CarPlay. Essas conexões podem ser feitas através de um cabo.
No resto do painel não há alterações em relação ao ano anterior. O velocímetro continua analógico, assim como o tacômetro; e temos um computador de bordo com uma tela de 4,2 polegadas (10 centímetros) de diagonal.
Falando da versão top de linha, que é a SRX, a pickup conta com o Toyota Safety Sense, que é um pacote de utilidades que protegem e guiam melhor o motorista através da alta tecnologia. Esse pacote traz um alerta para saída de faixa, cruise control adaptativo (que diminui a velocidade automaticamente ao se aproximar de um carro quando estiver em piloto automático) e sistema de frenagem automática em situações de emergência.
Porém, temos que lembrar que esses itens só estão disponíveis na versão mais completa, que custará R$ 241.990 no Brasil.
Motor
Não há muitas justificativas para preços tão altos, exceto pela mudança que a montadora japonesa fez no motor, que é o 2.8 L turbo-diesel. Com a alteração do motor, a Hilux está se aproximando da potência dos concorrentes. Seus 204 cavalos (152 kW) de potência e seus 50,9 kgfm de torque a aproxima de concorrentes pesados como a Ford Ranger e a Chevrolet S10. O motor teve uma mudança um pouco maior do que uma simples reprogramação eletrônica. Tem rotores maiores (ele consegue jogar mais ar para dentro do motor), isso melhora um pouco até as respostas em baixas rotações. E para aguentar tudo isso, também há mudanças na parte de pistões, anéis, etc.
Esse potente motor vem acompanhado de um câmbio automático de 6 velocidades, que acaba de ser recalibrado, tendo agora um acoplamento mais rápido do conversor de torque para deixar as mudanças de marchas mais rápidas. Isso vai refletir quando forem feitos testes de aceleração (0 a 100 km/h). Segundo a Toyota até o próprio consumo vai acabar melhorando. Quando a pickup ganha mais torque ela tende a reduzir o consumo devido à menor necessidade de aceleração. A pickup também está com nova suspensão, o que dá maior conforto para os ocupantes do veículo.

Por Bruno Rafael da Silva