Confira aqui as principais qualidades e defeitos do SUV Diesel mais barato do Brasil.
Moab é uma cidade do estado de Utah, no oeste dos Estados Unidos, conhecida por seu cenário dramático. É nessa cidade que fica o Jeep Safari. O Jeep Safari é um evento anual organizado pelo clube off-road “Red Rock 4-Wheelers”, onde os 4-wheelers vêm para desafiar o terreno acidentado do deserto da região. É desse contexto que vem o nome da nova versão de entrada do Jeep Renegade no Brasil.
Tentativa de elevar as vendas de veículos a diesel
Desde 19 de novembro de 1976, os veículos de passageiros pequenos movidos a diesel estão proibidos no Brasil, fazendo com que o brasileiro se acostumasse com a ideia de que os veículos a diesel são caminhões e pick-ups. Talvez isso explique os baixos números de vendas da versão a diesel do Jeep Renegade. Em 2020 (até agora) foram vendidas 42.445 unidades do SUV, dentre as quais apenas pouco mais de 4 mil foram com o motor 2.0 a diesel. Para tentar solucionar esse “problema” a Jeep está colocando o Renegade Moab a R$ 139.690 no mercado brasileiro, tornando-se o SUV movido a diesel mais barato do país.
Desafio para a concorrência
A Jeep está com claras intensões de superar sua concorrência no segmento de SUVs como o Volkswagen T-cross Highline, que tem preço inicial de R$ 124.950 e o Chevrolet Tracker Premier, que tem preço inicial de R$ 121.290.
Motor
Equipado com um motor 2.0 L a diesel de 170 cavalos (126 kW), o que mais chama a atenção nesse SUV é o torque de 35,7 kgfm que ele entrega a 1.750 rotações por minuto. Junta-se a isso o poderoso ronco do motor a diesel, que chama a atenção daqueles entusiastas por pick-up trucks.
Outro ponto muito positivo para o Moab são as retomadas, que estão poderosas, além das suaves trocas de marchas de seu câmbio automático de 9 marchas. O motor faz de 0 a 100 km/h em 10 segundos.
Conforto do lado de dentro
Quem pensa em veículos movidos a diesel pensa em força e motor grande, não pensa em conforto. Porém, o Renegade Moab consegue ter um motor a diesel e entregar conforto ao mesmo tempo. Quando o carro está com motor ligado e parado, não há aquela vibração típica dos carros a diesel. Isso é devido, provavelmente, ao bom isolamento acústico do SUV da Jeep.
Interior sem luxo
O acabamento interno é um dos pontos fracos do Renegade Moab. O motorista vê plástico em todas as partes do acabamento e conta com bancos de tecido. O SUV também tem o ponto fraco na questão do espaço, que é relativamente curto. Isso talvez seja devido aos 2,57m de entre eixos, um dos menores na categoria.
Um ponto forte do Renegade Moab é o baixo consumo, que se compara ao consumo de um sedan médio, como o Honda Civic. Na cidade ele faz aproximadamente 11 km por litro. Já na estrada o consumo é de aproximadamente 13 km/l, ficando com um consumo de 12 km/l combinando estrada e cidade.
Brecha na legislação sobre o diesel
A Jeep conseguiu colocar um SUV a diesel no Brasil porque foi capaz de oferecer um carro com capacidade de carga superior a 1.000 kg (como a legislação exige).
Uma dica para identificar facilmente o Moab dentre outros Renegades basta olhar para o capô ou para a tampa do porta-malas. Lá está escrito o nome da versão.
Tecnologia
O SUV vem com boa tecnologia, mas em pouca quantidade. Podemos destacar a câmera de ré, ar-condicionado de 2 zonas, central multimídia compatível com Android Auto e Apple Car Carplay, quatro modos de seleção de tipo de terreno com tração nas 4 rodas, sensor de estacionamento, 2 entradas do tipo USB e faróis de neblina.
Por Bruno Rafael da Silva