Modelo tirou nota menor que Etios em teste de segurança na África.
O modelo Toyota Yaris desenvolvido aqui no Brasil, não chegou a ser avaliado ainda pelo Latin NCAP, que é um programa que executa testes de colisão nos mais variados modelos que são comercializados no mercado caribenho e na América Latina. Entretanto, o seu irmão que é fabricado pela Tailândia e comercializado pela África do Sul foi testado pelo Global NCAP, uma entidade que derivada da NCAP, porém, no mercado asiático-africano, e já deu alguma ideia do que se pode esperar, no quesito segurança, para o modelo que é comercializado no mercado brasileiro.
A resultado do teste não era o que se esperava. O exemplar que foi avaliado, que possui carroceria hatch, teve três estrelas no quesito de proteção para adultos, sabendo que a nota máxima é de cinco estrelas. Já no quesito segurança para crianças o modelo também recebeu a mesma nota.
O fato que surpreende é que esta nota, testada pelo mesmo órgão, foi menor do que a recebida por seu irmão Etios, que faz uso da mesma, sendo um projeto mais velho.
Neste caso, o modelo Toyota Etios produzido na Índia e comercializado no país sul africano também foi testado pela entidade Global NCAP no ano passado sob semelhante protocolo de avaliação. Este modelo recebeu, na segurança para os adultos, quatro estrelas e na proteção para crianças a nota foi três.
Sua carroceria é instável
Depois da realização do teste parcial frontal de impacto executado a 64 quilômetros por hora, padrão idêntico ao do Latin NCAP, foi detectado pelo Global NCAP bons níveis para a segurança dos passageiros localizados na parte frontal do veículo, tanto para o pescoço quanto para a cabeça.
Entretanto, a carroceria foi considerada "instável" assim que ocorreu o impacto. Foi possível perceber uma leve ruptura situada na coluna A assim que o modelo colidiu, gerando assim uma deformação não ideal em seu ambiente de sobrevivência, o que impede que o restante do corpo do condutor, principalmente a região das pernas e do peito, tenha uma proteção ainda melhor.
Por outro lado, os bonecos que se localizavam no banco de trás, que simulou uma criança com idade de três anos e um bebê com 18 meses, estiveram protegidos, segundo a própria entidade. No teste a cadeirinha teve sua fixação realizada no Isofix, o que impediu que a mesma tivesse excessiva movimentação para a parte frontal, protegendo muito bem o peito e a cabeça da criança.
A versão brasileira é mais segura
Da mesma forma que o Toyota Yaris fabricado na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, o automóvel comercializado na África do Sul possui airbag duplo em sua parte frontal, ganchos Isofix para que sejam fixadas cadeirinhas infantis, alerta da falta de utilização de cinto de segurança e freios ABS. É válido lembrar também que o mesmo não conta com o ESP, controle eletrônico de estabilidade, uma tecnologia que é encontrada no modelo brasileiro nas diversas versões.
Ainda vale lembrar que o Toyoya Yaris do Brasil possui aços com mais alta resistência na sua fabricação, além de contar com airbags na parte lateral na variante de topo de linha, a XLS.
A entidade Global NCAP tem normas de avaliação com uma menor rigorosidade se comparada com a Latin NCAP. Lá apenas se realiza o teste de impacto frontal, já o órgão da América Latina efetua testes de colisão contra poste a 29 quilômetros horários e também colisão lateral em 50 quilômetros por hora.
A entidade africano-asiática não limita também sua nota conforme a existência de um controle de estabilidade, já o programa daqui não oferece uma nota maior do que três estrelas caso o modelo não possua esse item.
FILIPE R SILVA