Em 1993 no Salão de Frankfurt a Audi apresentou ao mundo o conceito Aluminium Space Frame ou ASF. O conceito marcava a primeira exibição pública de um novo modo de produzir carrocerias usando alumínio, mais leve e mais maleável que os materiais até então usados na construção de carros. Hoje sabemos que a tendência foi fortemente levada adiante por anos. Em março de 1994 a Audi apresentou ao mundo o carro que seguiria exatamente o conceito apresentado: tratava-se do Audi A8.
O carro mirava alto no mercado. Queria competir com ninguém menos que o BMW série 7 e o Mercedes-Benz Classe S. O A8 sempre foi considerado um carro elegante e sóbrio, contando com linhas suaves e contidas muito comumente vistas nos anos 90 e que fugia completamente ao visual recortado e com linhas sinuosas vistos nas décadas anteriores. A frente do carro era dominada por uma ampla grade que acompanhava o desenho do capô e seguia com os faróis em formas elípticas, que na época eram raros. O interior do carro seguia bem o exterior. Sem exageros, contudo sem deixar toda a sofisticação do modelo de lado.
O painel contava com grandes instrumentos de leitura e um volante amplo de quatro raios. Os bancos possuíam ajuste elétrico e o carro ainda contava com vários itens de conforto como sistema de áudio Bose com toca-CDs, celular, acionamento elétrico de encostos de cabeça traseiros, entre outros.
A motorização não deixava nenhum pouco a desejar e quase destoava com a seriedade do carro. O coração era um motor V6 com capacidade para 2.8 litros ou um V8 com capacidades de 3.7 ou 4.2 litros. O V6 era capaz de gerar uma potência de 174 cavalos ao conjunto e um torque de 25,5 kgfm enquanto o V8 era capaz de gerar uma potência de até 300 cavalos para o motor e um torque de 40,8 kgfm. O carro era capaz de ir de 0 a 100 km/h em apenas 7,3 segundos e chegar a velocidade de 250 km/h limitada eletronicamente.

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