A BMW, Audi, Jaguar Land Rover, GM, Renault e Nissan, são algumas das montadoras que não estão mais enviando modelos novos para a Rússia em função da crise que fez com que a moeda local perdesse o equivalente a 50% do seu valor durante esse ano.
Essa é uma notícia ruim, pois significa que as montadoras estão perdendo dinheiro. De acordo com o presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, a Nissan deixou de enviar alguns modelos, mas irá honrar todos os pedidos que foram realizados até o momento. Ainda segundo ele, não estão aceitando novos pedidos até que a situação econômica do país esteja controlada.
A maioria dos fabricantes já elevou os preços dos carros na Rússia, principalmente os modelos que contam com mais componentes importados. A GM é uma das montadoras que só cumpriu os contratos que já estavam fechados e parou de mandar novas unidades no dia 16 de dezembro. A divisão européia da GM divulgou uma nota dizendo que considerando a volatilidade do rublo (moeda Russa) a venda de veículos aos distribuidores está temporariamente suspensa.
Em nota, a Audi afirmou que deve elevar os preços e que está adiando as entregas. Já á BMW divulgou que está direcionando a produção para outros mercados.
A crise da moeda russa começou pela queda acentuada nos preços do petróleo, que até então era a principal fonte de recursos de Moscou. Além disso, as sanções ocidentais impostas pela atuação no governo russo na Ucrânia também fez com que a economia encolhesse. Se no setor de automóveis, esse encolhimento representa 13% nas vendas de janeiro a outubro se comparado ao ano passado. Com a crise, a Grã Bretanha já ultrapassou a Rússia no ranking de venda de carros, sendo o 8º país. Já o Brasil permanece na quinta colocação.
