A Ford, até os anos 90, era uma referência no mercado nacional, com alguns dos carros mais desejados pelos consumidores. Antes disso sempre teve carros que faziam sucesso nas telas do cinema. Carros grandes, imponentes, que se destacavam por onde passavam. Ficavam à frente da Volkswagen, não em vendas, mas em conforto. Eram veículos espaçosos, com mais itens opcionais que a maioria. Quem não se lembra do DelRey? Das imponentes C10 e posteriormente as D20?
Mas veio a globalização. Toyota, Honda, Peugeot, Renault, entre outros desembarcaram aqui. A Ford foi perdendo espaço cada vez mais, tanto no mercado global quanto no mercado brasileiro. Hoje temos muitas opções de marcas e modelos, para todos os gostos e bolsos. A Ford demorou a entender isso. E olha que foi a pioneira na fabricação de carros em série. Suas fábricas foram modelos de gestão por décadas e décadas. Seu fundador, Henry Ford, tido como um dos mais brilhantes de sua época. Aos sucessores coube manter e inovar, coisas que não aconteceram. A empresa estagnou. Demorou a entender a Toyota, onde as linhas de produção eram mais eficientes, os custos diminuíam e podiam assim reduzir valores ou colocar cada vez mais itens de série nos veículos. Hoje a Toyota é modelo de fábrica de veículos e faz carros bons e desejados. Corolla. Hilux. São apenas alguns modelos de sucesso da marca.
É hora da Ford de se reinventar. Tem mostrado alguns avanços nos modelos mais recentes. Tanto em design quanto em apetrechos tecnológicos. A Ford Ranger tem feito sucesso depois de ter ficado como o patinho feio do grupo de caminhonetes. O Novo Fiesta ficou elegante e imponente, digno de receber o emblema da Ford. Até o Ka, que nunca teve atrativo nenhum, voltou mais estilizado e atraente. O Ford Fusion consegue se apresentar como um executivo de alto padrão.
É isso mesmo Ford. É hora de se reinventar. Antes que seja tarde demais e hoje tudo acontece muito rápido.
Por Luciana Viturino
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