A Consumers Report, uma revista americana bastante conhecida por montar os rankings dos melhores carros, resolveu recentemente montar uma lista um tanto quanto diferente. A publicação especializada em fazer comparações de produtos relacionou os “candidatos” a uma certa colocação bem menos honrosa, mas que não deixa de ser importante ou influente: a de pior carro do ano.
E isso foi feito logo após a revista eleger como o melhor modelo de carro em 2014 o Tesla S.
A tristeza só não é maior porque até o momento a revista apenas fez a nomeação dos mais indicados e ainda não elegeu o campeão. Mesmo assim, não é nada bom para os fabricantes levando em consideração a influência que a publicação tem por lá. Só a título de curiosidade, a revista não recomendou a última geração do Civic, mesmo que por anos o veículo tivesse figurado entre os melhores. Esse fato acabou gerando alguns protestos da montadora. Esta por sua vez não teve outra saída a não ser admitir que havia mesmo falhas na linha de fabricação. Essas falhas só foram corrigidas por causa do “poder” que revista tem.
Apesar de a lista ter como foco modelos comercializados em terras americanas, há alguns que são vendidos por aqui. Confira abaixo alguns dos “indicados ao prêmio” pela revista e também o motivo de sua figuração na lista:
- Chevrolet Spark: Apresenta pouca potência, tem uma direção muito dura e uma baixa dirigibilidade.
- Smart ForTwo: O modelo é muito pequeno.
- Dodge Dart: O carro é em alguns casos mais caro que os concorrentes, mas bem menos refinado que eles.
- Chrysler 200/Dodge Avenger: Os modelos estão encalhados nas concessionárias devido aos preços salgados para a categoria.
- Ford Taurus: Não apresenta muita confiança, a central de multimídia é muito completa e apresenta um certo “apertamento”, ainda mais se levando em consideração às dimensões do carro.
Sobre os testes feitos:
Nesse ponto há uma curiosidade bem interessante. Ao contrário de diversas outras empresas que avaliam os modelos cedidos pelas montadoras, a Consumers Report acabou famosa por não fazer isso. No lugar (e não é qualquer coisa) a empresa é detentora não apenas do maior, mas também do mais sofisticado centro de testes independentes do mundo. Por ano a companhia chega a comprar cerca de 80 modelos para avaliação.
Cada um deles pode passar até por mais 50 exames, que entre outros pontos levam em consideração as acelerações, a capacidade de frenagem, o comportamento geral do veículo, o conforto, entre outros detalhes.
O legal é que revista também não publica anúncios e sua receita vem apenas com as assinaturas da mesma, que nada mais é do que uma boa maneira de garantir sua independência.

Por Denisson Soares
Se lançarem por aqui a lista será enorme, afinal as montadoras aqui são horríveis e tem coragem de tirarem até relógio do painel na versão básica, sem contar os acabamentos mal encaixados ou que descolam, carpetes que aprisionam água embaixo…