O mercado automobilístico parece estar se esmerando na diminuição da fronteira entre os carros ditos modelos de luxo e os modelos populares, isso pode ser notado quando percebemos que cada vez mais elementos dos modelos mais sofisticados são adaptados para serem inserido nos modelos populares.
Hoje em dia não é mais surpresa ver bancos de couro, aplicativos e sistemas que auxiliam na condução do veiculo se expandem mais e mais.
Se por um lado, estas mudanças e adaptações aquecem o mercado de compra de carros, principalmente os mais populares, por outro lado pode deixar a fabricação dos modelos de luxo de cabelos em pé. Os analistas de mercado se preocupam com a ideia de que os compradores dos modelos de luxo, acabem por optarem pela compra de modelos populares, acarretando na perda de interesse por modelos de luxo.

Segundo Tom Libby, analista da IHS Automotive “Você pode comprar sedãs como Nissan Maxima ou Buick LaCrosse super-equipados, mas não terá a imagem associada a um modelo de alto luxo.” Para Dave Sargent, analista da JD Dower deve-se haver prudência por parte dos fabricantes dos carros de luxo quanto aos lançamentos de carros de maior acessibilidade, justificada apenas pelas chances de aumentar seu portfólio de clientes.
Um exemplo dos citados por Dave Sargent é caso da Mercedes-Benz que lançou o sedã compacto CLA ano passado nos Estados Unidos e comercializou o modelo por US$ 29.700. Para a Mercedes no entanto a fabricação do CLA não prejudica de modo algum a imagem da marca , visto que o sedã tradicional, Classe C, continua representando o maior número de vendas em todo o mundo. Já os compradores do CLA compõe o quadro de novos clientes da empresa.
Mesmo assim as marcas não se demonstram muito preocupadas com o conceito que o público tem feito desta tendência, pois garantem que isso não tem impactado na compra dos modelos de luxo.
Marc Fields, chefe de operações da Ford nos Estados Unidos sobre os fatos declarou: “Ao longo dos próximos cinco anos, prevemos que o segmento de luxo crescerá de forma mais intensa que o restante do mercado”.
Hodiernamente, com o avanço dos índices de criminalidade, é mais do que prudente não ostentar carrões luxuosos ou que denotem alto poder aquisivo por parte dos consumidores. A não ser que o “magnata” ande com vários seguranças em um veículo muito bem blindado, o que ainda assim não deixa de ser temerário.